ORIGENS DO 
CAFÉ
O café é uma fruta que tem origem em regiões montanhosas da Etiópia, país localizado na região nordeste da África. A palavra "café" é originária do termo árabe “qahwa”, que significa vinho.
Segundo uma antiga lenda, por volta do século VII, um pastor etíope chamado Kaldi descobriu por acaso as qualidades estimulantes do café. Ele percebeu que suas cabras ficavam agitadas após ingerir folhas e frutos de um arbusto até então pouco conhecido.
A notícia sobre as qualidades estimulantes daquela pequena fruta se espalhou, e alguns monges da região, impressionados com as melhoras cognitiva e psicomotora, que os ajudavam a enfrentar longas horas de vigília e oração, passaram a consumir o café.
Da Etiópia, a planta foi levada para o Iêmen, onde começou a ser produzido em larga escala. Por ter se adaptado muito bem na Arábia, a espécie da planta ficou conhecida como Coffea arábica.
No início, o café era consumido sob a forma de infusão, obtida pela trituração do fruto em água fria. Apenas no século XIV as sementes do café começaram a ser torradas da forma como acontece hoje.
No final do século XIX outras espécies de café passaram a ser cultivadas, sendo a mais importante comercialmente a variedade Coffea canephora.
Estima-se que mais de 500 bilhões de xícaras de café sejam consumidas anualmente no mundo.
O café representa um capítulo importante da história do Brasil. De acordo com registros históricos, as primeiras mudas foram trazidas ao estado do Pará pelo oficial e militar graduado Francisco de Melo Palheta, em 1727. Conta-se que Palheta, durante missão à Guiana Francesa, teria seduzido a esposa do governador de Caiena, Madame D`Orviliers, e recebido de presente as mudas.
O Brasil é atualmente o maior produtor e exportador mundial de café. Além disso, o consumo interno de café no Brasil chegou a 21 milhões de sacas, no período de novembro de 2017 a outubro de 2018, o que equivale ao consumo per capita de 4,82 kg/ano de café torrado e moído, e mantém o Brasil como o segundo maior consumidor de café do mundo.
BENEFÍCIOS
Ao longo das últimas décadas diversos estudos têm demonstrado os impactos positivos do consumo moderado de café para a saúde.O principal composto ativo da bebida, a cafeína, age principalmente no sistema nervoso autônomo, por meio da inibição de receptores de adenosina (neurotransmissor que atua no controle da frequência cardíaca, da pressão sanguínea e da temperatura do corpo, provocando as sensações de sono e cansaço).
Ao bloquear os receptores de adenosina, a cafeína provoca efeitos contrários. É por isso que nos sentimos mais dispostos e menos cansados (diminuição da fadiga) após um delicioso cafezinho. Dessa forma o consumo moderado de café pode favorecer a queima de gorduras e melhorar o nosso desempenho físico.
O café é rico em substâncias antioxidantes, que protegem o organismo da ação prejudicial dos radicais livres.
De acordo com Andrea Illy (O Sonho do Café, 2016, p.99), testes clínicos e pesquisas comprovam outros efeitos positivos do consumo equilibrado de café. Além de uma ação protetora sobre o fígado, consumir café reduz o risco de câncer, diabetes tipo 2, mal de Alzheimer e Parkinson.
CAFÉ EM NÚMEROS
É a segunda bebida mais consumida no mundo, perdendo apenas para água mineral;Está presente em 98% dos lares brasileiros (Pesquisa JDE 2019);
83 litros é a média consumida por habitante/ano no Brasil;
São produzidas anualmente cerca de 175 milhões de sacas em todo mundo (safra 2018/2019);
O Brasil é o maior produtor mundial de café (em torno de 50 milhões de sacas);
Estima-se que mais de 500 bilhões de xícaras de café sejam consumidas anualmente em todo mundo.